Me desculpe, eu sei que isso foi inapropriado. Sei que você não esperava um abraço, mas somente um aperto de mão, um leve encostar das bochechas, simulando um beijo polido.
Mas, uma vez nos seus braços...
Me desculpe, eu sei que exagerei! Sei que deveria ter cortado o momento antes de ele se tornar íntimo demais, amigável demais... aconchegante demais.
Mas, uma vez nos seus braços...
Eu sei que nossas cordialidades são triviais, superficiais e necessárias para a boa convivência. Sei que você é um homem educado, que trata a todos os seus clientes com decoro e simpatia!
Mas, uma vez nos seus braços...
Sei que tudo o que me conta, todas as nossas conversas, são apenas gentilezas, e que fazem parte de um bom relacionamento profissional.
Mas, uma vez nos seus braços...
Sei que quando me toca é com respeito, que quando elogia minha aparência, meus modos e meus pensamentos é apenas seu modo de me deixar mais à vontade; que quando nos olhamos nos olhos é o casual encontro de duas pupilas; não de duas almas.
Mas, uma vez nos seus braços...
Sei que já lhe perguntei sobre a existência de uma família, e por mais que já faça algum tempo, eu espero que você ainda os tenha para si.
Mas, ah meu Deus! Uma vez nos seus braços, eu não conseguia soltá-lo. O conforto que encontrei no seu peito, no seu ombro, foi tão cativante, que eu esquecí que os minutos não se esquecem de passar. Eu fiquei tão impressionada com a amabilidade ali, com a forma como fui docemente envolvida, que não conseguí soltá-lo de imediato e, uma vez nos seus braços, lhe dei um abraço longo demais.
Ouvindo: The point of no return, da trilha sonora de "O fantasma da ópera"
peruuuuua que bonito isso.
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