Sabe, outro dia saí pra comprar roupas. Como eu sou e reconheço que sou, sem muitas neuras, obesa, já vou direto a lojas de tamanhos grandes. Essas lojas eram muito famosas por sempre vender roupas completamente fora de moda, feias e parecendo sob medida para idosas. Mas, de uns anos pra cá, vários estilistas se interessaram em agregar esse público a suas criações, e é mais fácil encontrar, hoje, peças que acompanhem a moda, ou ao menos que tenham estilo.
Eu gosto de ouvir os vendedores. A experiência deles com as roupas existentes na loja é sempre maior que a minha (vario muito de marcas e lojas), portanto deixo que me vejam e me indiquem algumas peças. Também procuro responder a todas as suas perguntas, e incremento com algumas informações, assim eles logo visualizam em sua mente que tipo de roupa devem me mostrar.
Por exemplo, nessa última vez que fui á D.A.D. Modas, aqui no Jd. Bonfiglioli, a vendedora já logo perguntou o que eu estava procurando:
Calças.
Calças curtas?
Não, compridas e confortáveis.
Mostrou-me, primeiro, uma calça bailarina. Mas o modelo era de cintura-baixa, eu não me senti confortável. Resolvi pedir uma calça jeans. As vendedoras sempre tentam um número baixo, antes, pra depois trazerem os maiores. Experimento tudo o que me vem à mão e eu acho que vou gostar de usar. Quando pedi jeans, a vendedora veio com vários modelos. Alguns eram daquele tipo bem mole. Pra mim, parece pijama, e eu até tenho um assim, só que não uso. Dispensei sem pestanejar.
No entanto, um jeans marrom (que eu não havia pedido, mas ela trouxe mesmo assim), eu aceitei como sugestão. Por fim, não gostei, mas é importante dar uma chance ao inesperado. Sempre podemos nos surpreender.
E nada de comprar uma calça que te dá imenso trabalho pra fechar, só pra te apertar um pouquinho e você parecer mais magra! As roupas precisam ser do seu tamanho, nada de muito maiores ou muito menores. Assim, você estará muito bem vestida, não importa a peça.
Como uma boa vendedora, assim que escolhi o jeans que iria levar, a mulher já me empurrou blusas. Eu estava realmente interessada, senão nem teria lhe dado ouvidos. Mais uma vez, precisei deixar claro alguns pontos:
Nada de estampas nem de regatas.
Ela me trouxe uma estampada mesmo assim. Dei uma chance, pra ver como ficava. Iria bem com a jeans que eu estava levando. Gostei! Não fosse ela ter me trazido uma blusa bem mais no meu estilo (com pequenos babados no peito) e em minha cor favorita (preto), eu a teria levado. É importante ter foco na hora das compras, senão você compra bem mais do que seu orçamento permite! Até ali, eu estava com uma calça e uma blusa.
Então ela veio com lingeries. Novamente, eu estava mesmo interessada, então fui ver os soutiens. Acabei pegando mais uma peça (por ela, eu teria levado mais duas, pra variar as cores). Comprar soutiens é um tanto complicado pra mim. Nunca desenvolvem uma peça para quem tem medidas grandes, mas seios pequenos. Escolhi algo que me pareceu bem confortável e o resultado ficou bonito.
Falando em bonito... Se você está acima, ou bem acima do peso, permita-se sentir bonita com uma roupa nova! Eu não me importo com o manequim da calça que eu comprei, se é um número alto ou não. O que me importa é que olhei pras minhas pernas, pro meu quadril e sim, para o meu bumbum, e gostei de como ela me vestiu.
Uma vez, uma professora disse que agente sempre acha que ficamos bem com as roupas, e isso é errado. A roupa, que é algo sem vida, é que fica bem quando as vestimos!
Senti-me bonita com minha blusa, aliás, me apaixonei pela minha imagem no espelho quando a vi. E até com meu soutien eu me senti bonita, claro! Senão nem teria comprado!
É isso, moçoilas acima do peso, obesas, gordinhas, fofas e 'fortes'. Apenas algumas dicas de quem lê Marie Claire e acabou aprendendo alguma coisa. Ou não.
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