domingo, 24 de julho de 2011

Voiceless: Ele se foi.

Voiceless Screaming
Pain of the past still hurts me inside
Knockin' on my soul's door
I climb the stairs that lead me to Heaven



Sabe quando você começa a gostar de uma banda, no final da adolescência, e procura conhecer os membros, saber quem toca o quê, a personalidade e a história de cada um deles? Aí você acaba ficando mais fã de algum dos membros, normalmente. Seja porque se identificou com ele, porque ele é o mais talentoso, porque tem a aparência que você considera mais legal, porque compôs as músicas das quais você mais gosta da letra...

Quando eu comecei a gostar do X JAPAN, e fui conhecer os outros membros (além do Yoshiki e do Toshi), me apaixonei pelo hide. 



O cabelo rosa, a boquinha pequena, o sorrisinho meio de lado... Eu sabia que um dos membros já havia morrido há alguns anos, mas não tinha certeza de qual membro se tratava. E quando descobrí que era o hide, fiquei arrasada. Foi como conhecer alguém na viagem de trem, fazer amizade, trocar telefone e ver a pessoa partir pra sempre na estação seguinte.

Doeu.

Continuei admirando muito o hide (eu pintei meu cabelo todo de rosa por sua causa, cara!), e cada vez procurei conhecer mais sobre ele, vendo seus vídeos, lendo histórias e depoimentos de amigos, ouvindo as músicas de seus projetos paralelos ao X. Ao mesmo tempo, descobrí outro membro da banda de quem eu gostava muito: Taiji Sawada.



O Taiji é um mestre no baixo. Não é porque eu sou fã, não! Mas o cara é tão fera que já tocou numa das bandas de metal mais respeitada: Loudness. E ele domina o baixo de tal maneira que você pensa 'Será que esse cara não sente o peso do baixo? Como ele consegue fazer o baixo CRESCER e aparecer?'

Pois é... e no X JAPAN, a atitude do Taiji era totalmente ovelha negra, bad boy meeeesmo! Tanto que ele foi convidado a retirar-se da banda em 1992.



A presença de palco dele era tão forte, que não existe baixista que se possa comparar.



Há um tempo, encontrei o site do Taiji, onde, de vez em quando, ele postava alguma mensagem para os fãs, fotos e atualizações sobre seus projetos mais atuais. Com o tempo, parei de acessar, mas continuei carregando o sobrenome dele depois do meu nick.

Hoje, checando uma lista enorme de e-mails, coisas que deixei umas duas semanas sem ver, notei um e-mail que, por alguns instantes, tirou o chão debaixo dos meus pés: A morte do baixista Taiji Sawada.
Nesse final de semana, a mídia expôs a morte de Amy Winehouse (coisa que eu já sabia que aconteceria, não tardaria, era óbvio) e eu já estava chateada por acompanhar a morte não só de uma cantora polêmica, mas uma voz inigualavelmente linda e potente.

Ver aquele link foi como viajar para uma dimensão infernal, onde talentos vão se perdendo. Pior, hide faleceu sob estranhas circunstâncias, ao que tudo indicava: um suicídio.
Taiji resolveu seguir o caminho do amigo. Uma toalha para hide, um lençol para Taiji.

Eu não acredito em almas, não acho que o talento dessas três pessoas citadas no meus post perduram no além-morte. Mas com certeza o talento deles os faz mais vivos que a maioria das pessoas. hide foi tão incrível que conquistou muitos, muitos fãs mesmo após sua morte (incluam-me nessa estatística). Com Taiji, não será diferente! Prevejo muitos jovens interessando-se por baixo, e idolatrando esse cara que sabia fazer do baixo o instrumento mais forte e chamativo, de todas as bandas pelas quais passou.



Eu, de minha parte, continuo homenageando-o, dia-a-dia, carregando seu sobrenome, ainda que apenas virtualmente.

Joy Sawada

Forever...             

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