Até logo, Twitter

É engraçado como às vezes eu me comporto como um cavalo. Para que o animal obedeça o cavaleiro, eles colocam aquele objeto de couro em sua cara, para que o cavalo olhe só para a frente, e siga o caminho. 
Às vezes, eu fico com isso em meu rosto, e só enxergo o que está sendo colocado à minha frente, sem sequer pensar em outras possibilidades. Eu acabo de completar vinte e cinco anos, e talvez ter cinco para os trinta tenha me colocado numa posição onde eu me forço a ver outras possibilidades.


Caramba, eu me formei há três, anos. E não conseguí nada na área. Então demora esse tempo todo pra eu perceber que não quero ser publicitária, cansei de bater na mesma tecla, de olhar apenas para essa direção. 


Minha prima estava contando de uma colega que estuda com ela. A mulher é dentista formada, já trabalhava na área e resolveu fazer... Letras! Não tem absolutamente nada a ver com o que ela vinha desempenhando. Ela poderia esconder-se atrás da segurança de já ter uma carreira, e deixar a vontade de fazer Letras de lado, postergar eternamente, enterrar a sete palmos. Mas não. Lá está ela, enfrentando um novo desafio.
Por que diabos eu (que sou até mais nova que essa pessoa) me prenderia a uma carreira que eu já nem desejo mais?


Olha, eu não me arrependo de ter me formado! A única coisa que nunca podem tirar da gente é o nosso conhecimento, e eu aprendí muito em quatro anos de ensino superior, convivi com pessoas das mais esquisitas às mais adoráveis e amigas, tive de gritar e ameaçar pra resolver meus problemas, sozinha, quando uma das Instituições onde estudei, faliu. Aprendí a conviver com muito, mas muito trânsito mesmo. Tive uma espécie de caso com quem não deveria ter tido sequer um flerte.


Agora, tudo isso poderá ser vivido e revivido... em minhas memórias, em minhas próximas decisões, é experiência adquirida. E é só minha.


O que o Twitter tem a ver com isso?
Sei lá, mas eu estava seguindo tantos perfis pelos quais nem me interesso, tantos outros que não tem nada a ver comigo estavam me seguindo de volta, que eu achei melhor encerrar a conta. Mas farei outro, num futuro próximo (ou não), com a leveza de estar livre da obrigação de usar a conta como chamativo para certas empresas. Ah, isso nunca deu certo, mesmo!


Quanto ao rumo que quero tomar agora, tenho um certo leque de possibilidades, e a própria vida vai acabar me empurrando para uma (ou mais) delas.