segunda-feira, 5 de julho de 2010

A caminhada

Parceirão
 
Todo mundo precisa fazer alguma atividade física, é sabido. Alguns escolhem corrida, e se comprometem a tal nível que, faça chuva, faça sol, lá estão as pernas bem torneadas pisando firme o chão da manhã. Bem manhãzinha.

Outros escolhem a academia, e quem se compromete faz dela o primeiro ou último destino do dia, e é fiel durante os cinco dias da semana. Alguns, seis.
Existem, pelo menos na minha cidadona, milhões de modalidades de esportes, artes marciais e atividades alternativas pra quem quer se movimentar.

Eu, e mais alguns, escolhemos a caminhada. As ruas (de São Paulo) já estão bem movimentadas. Ônibus, carros, taxis, alunos do ginásio, do colegial, da faculdade, trabalhadores ávidos, enroladores preguiçosos. É gente pra todo lado, o dia já bem claro, mas é cedo ainda. A passos lentos, eu e mais duas pessoas muito queridas seguimos pelas ruas daqui do Jd. São Domingos. Corajosos que somos, avançamos para abranger o Bonfiglioli, uma tremenda volta.

Minha coluna, velha nova coluna, reclamou um pouquinho. Ia seguindo em primeira, e na subida estava quase em ponto morto! (Juro que achei que ia começar a dar ré, não fosse uma boa árvore pra me apoiar) É... a vida sedentária te deixa doente, fraco do corpo e da cabeça.

Eu tinha ido dormir às três da manhã e acordei vinte para as sete, então minha cabeça e meus olhos reclamaram muito durante o dia. O ombro, estranhamente, reclamou também. Não entendo, eu só caminhei, não carreguei nenhum peso. Além do meu próprio, claro. Em alguns pontos (aquela subida, em especial) eu me arrastei e sentí o olhar das outras pessoas. Todos sorridentes, mas alguns sorrisos diziam 'Força, você consegue!' outros 'Tadinha, tá que não se aguenta!' e outros eram bem irônicos, não quero nem pensar no que é que diziam.

Amanhã tem mais. E depois de amanhã, e depois...
Um casamento.



P.S.: Eu não acredito em vida pós-morte, espírito ou Juízo Final, mas estou muito sentida com a morte de um amigo do meu pai. Gostaria de dedicar um pedacinho do meu post a ele. É, camarada (como dizia a Juvenchy chuchu), agente fazia aniversário no mesmo dia. Você era um gay muito bem vestido e simpático, como todo homem deveria ser. Gostaria de ter passado mais tempo batendo papo com você, te conhecendo melhor. Eu sei que meu pai vai sentir muito a sua falta, especialmente de tirar sarro, você sabe. Descanse em paz, Dagô.

Um comentário:

Tá quente aqui, né?