domingo, 18 de outubro de 2009

[insira aqui um momento de reflexão]

Cara, preciso muito fazer passeios turísticos aqui em São Paulo! Não sei se acontece com vocês, mas como agente mora aqui mesmo, acaba se acomodando e deixando de visitar lugares tão legais! Afinal, os tais lugares não vão levantar vôo da noite pro dia!
Eu sou uma vergonha de paulistana. Lugares absurdos que eu não conheço: (o absurdo sobre eles é justamente eu não conhecê-los)
MASP
Pinacoteca
Estação da Sé
Mercadão (só conheço o da Lapa)











Só alguns exemplos. Passando tantas milhões de vezes pela Paulista, nunca parei pra entrar no MASP, bixo!

Hoje eu fui com a minha mãe ver Vestidos de Noiva. Marcamos hora na loja Nova Noiva. Quando chegamos, tivemos a sorte de ser atendidas por uma mulher que... se não estava sob suspeito efeito de drogas, com certeza está sofrendo de estafa mental. Reparem no diálogo: (adoro diálogos)

Vendedora: As duas vão se casar? (animação exagerada)

Mãe: Não, eu que vou! (toda meiga) Essa aqui é minha filha!

Joy: Vim só acompanhar. (simpática)

Vendedora: Ah, que filhona, hein? (duvidando)

Mãe: É... (orgulhosa)

Vendedora: Minha filha também se casa em janeiro! (já andando em direção ás escadas)

Como assim 'Minha filha também se casa em janeiro'? 1- quem vai se casar é minha mãe, 2- ela se casa em Maio
Sendo assim... Também o quê, colega?
Por quê é tão difícil parar pra ouvir o que as outras pessoas dizem? No caso, era interessante pra mulher saber pra quem ela iria vender o vestido, né? Acho que ela está gastando tanto com o casamento da filha que não consegue tirar ele da cabeça, coitada.



Mas olha, sair com minha mãe geralmente dá nessas. Pessoas estranhas nos fazendo de bobos, ou ao menos tentando. Da outra vez que fomos procurar vestidos, agente não sabia bem como chegar ao local. Então meu padrasto (ele só serve de motorista quando vamos ver vestidos) ia parando e perguntando. Juro, ele conseguiu a proeza de só perguntar pra quem não sabia!

Primeiro, ele para perto de um orelhão. Deixa eu te dizer, quem está a fim de usar o telefone, ainda mais telefone público, não quer perder tempo dando informação. O cara respondeu curto e grosso: Não sei.
O segundo estava caminhando elegantemente numa calçada. Minha mãe abaixou o vidro do carro, e ele já ficou desconfiado. E também respondeu que não sabia. Curto e fino (não foi grosso, sério).
O terceiro estava sentado em frente á uma loja de bolsas [falsificadas]. E aqui vou usar uma expressão paulista muito preconceituosa: era um baianinho.
- Por favor, como faço pra chegar á Rua São Caetano?
- São Caetano?
[insira aqui um momento de reflexão]
- Olha, não sei te falar não! Mas eu vou alí chamar o menino, ele deve saber!
[insira aqui uns 15 minutos, com o motor ligado á toa, numa esquina estranha]
O "menino" vem, com um copo de cerveja na mão, encosta no carro como se fosse o dono e diz:
- São Caetano? Olha... agora eu não sei te dizer não!

Agora eu não sei? Meu padrasto agradeceu (!) e arrancou com o carro. Mas eu queria ficar pra saber o que viria a seguir. Sim, porque ele disse 'agora eu não sei'. Talvez ele quisesse dizer 'Agora eu não sei, mas senta aqui com agente, vamos tomar uma cerveja, e aí eu posso até vir a saber onde é.'







O último para quem perguntamos era um vendedor de doces, desses que montam uma barraca no ponto de ônibus. Um senhor bem humilde, com uma terrível falta de dentes.
- São Caetano?
[insira aqui um momento de reflexão]
Eu já tinha visto aquela cena. Tentei alertar meu padrasto:
- Vam'bora, Macoy, ele não sabe.


Mas meu padrasto já tinha perguntado, no mínimo ia ter que ouvir a explicação. (No meu mundo é diferente. No meu mundo, quando alguém repete o nome da rua, depois de você perguntar onde é, é porque não sabe. E eu já posso seguir andando.)
O cara embromou agente, explicou uns caminhos impossíveis, mandou deixar o carro se seguir andando! Claro que agente ia fazer isso.




 

 Por fim, achamos a loja por acaso, passando em frente á ela, a caminho de um retorno.
Ou muito me engano, ou meu post tá bem comprido, deixo pra próxima uma figura agradável nesse dia perdido: O segurança do Shopping Light!

2 comentários:

  1. Taxista sempre sabe o caminho!
    Perguntem a eles!

    ôooo
    Eu vou com vc nesses lugares todos que vc nunca foi.
    E vamos na estação da Luz tb? e aproveitamos e vemos a sala São Paulo?

    No mercado municipal comemos o famoso sanduba de mortadela, que tal?

    beijosssssssssss!

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  2. hahaha olha, não sou de rir da desgraça alheia (rolleyes) mas morri aqui com as aventuras. aliás, da sua lista conheço a estação da sé, a da luz tb é o máximo; e acho que já fui no mercadão mas não tenho certeza.

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Tá quente aqui, né?