Desabafo 2: pra fora não é o bastante

É incrível como todo tipo de relacionamento é complicado. E eu não estou falando [só] de relacionamento amoroso, não. O porteiro que você cumprimenta todos os dias, o balconista da padaria que te serve o café todos os dias da semana, o lixeiro que sempre pede caixinha nas datas comemorativas, os funcionários que medem o gás, a água e a luz, o vizinho que gosta de bater papo, o vizinho que virou amigo, o vizinho que faz questão de virar a cara pra não te ver...

Todos esses são relacionamentos.

Certamente os relacionamentos como amizade, os fraternais, os amorosos... são os que mais dão trabalho. Mas em sua peculiaridade, todos são complicados.

Porque o ser humano é cheio de nuances, de mal-entendidos, de palavras trocadas, e, especialmente de MOMENTOS.

Aquele momento alegre que te traz uma amizade. Aquele momento de ódio que te faz dizer coisas duras. Aquele momento de prazer, que te faz confessar o que não queria. Aquele momento de angústia que te faz entregar os pontos e mostrar que não é tão forte...

Eu estou a ponto de explodir. A partir daqui, ninguém vai entender meu post, então aconselho que pare de ler. Caso leia, não venha me perguntar nada, ABSOLUTAMENTE nada. Porque eu NÃO vou falar. Isso é só um blog, e eu não tenho responsabilidade de esclarecer meus posts.

Enfim, tive que respirar fundo, porque num momento feliz, eu plantei uma semente. Eu passei por momento infelizes, e desejei arrancar a plantinha que nasceu alí. Mas não pûde. A Jú diz 'você é uma santa, não sei como aguenta isso'. Tô quase indo exigir meus direitos de canonização pro senhor Papa-que-parece-o-boneco-assassino.

Eu não gosto disso que essa planta exala. Esse ar autoritário. Odeio o que a planta faz com a natureza ao redor dela. Todos abaixando suas cabecinhas perante seu poder. Poder? Eu sou a prova viva de que você não pode merda alguma. E eu NÃO SUPORTO gentinha como você. Não fosse minha dívida com você, diria muitas verdades, mas muitas mesmo. Você iria sair correndo e chorando, porque se tem algo que aprendí com minha querida vovó foi dizer as palavras mais cruéis no momento de cólera.

Eu me arrependo amargamente cada vez que me descontrolo e faço isso. Felizmente, eu confio na medicina, e hoje, descoberto meu problema de tireóide, meu nervosismo diminuiu centenas de milhões de vezes.

Mas tá foda. Chega a apertar meu peito, nesse mesmo instante, eu sinto como se tivesse engolido um bolo de fubá, sem nem um cafezinho pra aliviar, e de uma vez só. E ele não chegou até o estômago, não foi atingido pelaz enzimas e ácidos ainda.

Dizem que segurar faz mal, que dá até câncer. Essa plantinha horrorosa não vale um câncer, mas dívida é dívida. Apesar de ser brasileira, eu procuro ser honesta. Ás vezes. Nem sei se é honesto o que estou fazendo... também não estou fazendo nada! Tô na minha.

Preciso aprender, com meus próprios atos, com minha própria história, a não sair plantando sementes por aí. Mas... não fosse era porcaria de planta, e seu pólem dominador, eu não teria hoje tanto mel pra passar no pão, no café da manhã.
Tudo é muito relativo. Com certeza eu taquei uma pokebola na cruz. Com certeza.
Família é um caralho gozado.

Odeio posts assim, "enigmáticos", mas foi o jeito.